Fotossíntese

“Mas vocês são “raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial, para que divulguem as qualidades excelentes” Daquele que os chamou da escuridão para a Sua maravilhosa luz.” – 1 Pedro 2:9.

Já são sete horas?!! Me entusiasmei tanto lendo a explicação da fotossíntese que perdi a noção do tempo. Devemos sair imediatamente se quisermos chegar na hora da reunião. Enquanto caminhamos repassaremos o que você estava lendo. Gosto da maneira como você faz anotações das aulas, Bagheera. São breves e concisas, mas permitem reconstruir todo o assunto.

Vejamos… você escreveu: “Humanos e animais: respiram oxigênio e liberam gás carbônico. Plantas: respiram gás carbônico e o convertem em oxigênio. Vida vegetal, imprescindível fundamento de toda vida. Plantas, diferença de humanos e animais: elaboram seu próprio alimento por meio da luz solar. Grande troca química: luz solar e clorofila convertem gás carbônico inalado pela planta e água armazenada nela em açúcar simples, base do alimento das plantas. Animal que come plantas come luz manufaturada. Exemplo: vaca come luz do sol convertida em ervas; converte ervas em leite e carne. Comendo ervas, leite ou carne, comemos luz”.

Está bem entendido:

Nós consumimos oxigênio e contaminamos o ar, o mesmo fazem as fábricas e os meios de transporte. As plantas absorvem as substâncias impuras e voltam a converter o ar irrespirável em oxigênio. A clorofila, esse pigmento que dá às plantas sua cor verde, junto com a energia do sol, produzem açúcar e óleos que são a base do alimento que elaboram. Por meio dos produtos vegetais, recebemos energia solar que faz funcionar nosso corpo e o nutre.

Deixe-me ver bem esse ponto: “Plantas salva-vidas. Vida na Terra em perigo por causa da revolução industrial. Multiplicação de fábricas, automóveis, aviões; excesso de combustíveis queimados; excesso de gás carbônico na atmosfera. Surpresa: estamos com problemas…! As plantas têm absorvido essas impurezas restabelecendo o equilíbrio na atmosfera em bom grau. Árvores ajudam a evitar que o planeta fique inabitável.”

Que ideia impactante! Me faz pensar na ilustração que a Bíblia usa, comparando os seguidores ungidos de Jesus com árvores. No capítulo 22 do livro de Apocalipse se fala deles como árvores de vida, plantados junto ao rio que flui desde o trono de Deus, cujas folhas são para a cura das nações. No capítulo 61 de Isaías, versículo 3, os chama de “grandes árvores de justiça, plantadas por Jeová”.

E, por acaso, não se realizam neles também o milagre da fotossíntese? Tomam o veneno que o mundo solta na atmosfera e o convertem em açúcar para alimentar-nos. Nos ajudam a ver que as guerras, o crime, a imoralidade, os problemas econômicos, e tudo o que envenena o ar desse sistema de coisas, são sinais do fim deste sistema, confirmação do cumprimento das profecias bíblicas. – Efésios 2:1-3.

Essas árvores de Deus combinam o veneno de fora com a água da verdade que está na Bíblia e o convertem em um fruto doce e nutritivo: a certeza da proximidade do Reino de Deus como único governo do futuro.

“O espírito do Soberano Senhor Jeová está sobre mim, porque Jeová me ungiu para declarar boas novas aos mansos. Enviou-me para curar os de coração quebrantado, para proclamar liberdade aos cativos e ampla abertura dos olhos aos que estão presos, para proclamar o ano de boa vontade de Jeová e o dia de vingança do nosso Deus, para consolar todos os que choram, para dar aos que choram por Sião uma grinalda em vez de cinzas, óleo de alegria em vez de luto, manto de louvor em vez de um espírito desanimado. E eles serão chamados de grandes árvores de justiça, plantadas por Jeová, para ele ser glorificado.” – Isaías 61:1-3.

Mais de uma vez comentamos que, não importa quanto carregado de tensões esteja o ar ai fora, ou o quanto sobrecarregados de problemas estejamos nós mesmos, ao entrar no Salão do Reino respiramos com liberdade; descansamos desse estado de vigilância que temos de manter em todo lugar. Estamos na embaixada do governo celestial, pisando já na terra do futuro! Ali ninguém questiona nosso direito de amparo, ninguém põe em dúvida a autenticidade da carta de cidadania que adquirimos como súditos do Reino, o dia em que selamos nosso pacto pessoal com Deus mediante a água do batismo.

Vou ler com atenção esse comentário do físico alemão Robert Von Mayer, que o professor recomendou que guardasse: “A natureza se impôs a tarefa de capturar a luz que brilha abundantemente até a Terra e de armazená-la; a força mais evasiva de todas as forças, convertendo ela em uma força imóvel. Para conseguir isso, a natureza cobriu a superfície da Terra com organismos que, enquanto vivem, recolhem a luz do sol e usam sua força para adicionar continuamente a uma soma de diferença química. Estes organismos são as plantas. O mundo das plantas constituem um depósito no qual os raios solares são imobilizados e engenhosamente armazenados para uso posterior, uma medida econômica providencial, à qual a mesmíssima existência da raça humana está inescapavelmente sujeita.”

É verdade, a luz é uma força fugidia; somente Deus podia encontrar a maneira de mudá-la, fixá-la, fracioná-la e armazená-la no alimento. Considerando o milagre da fotossíntese, luz é um sinônimo de vida. O terceiro versículo de Gênesis, primeiro livro da Bíblia, a aponta como o ponto de partida de todas as obras terrestres de Deus, porque sem ela nada poderia existir em nosso planeta. Por isso, que infinita riqueza de significado há nas palavras do apóstolo: “Deus é luz.” – 1 João 1:5.

Amanhã, minha querida Bagheera, ao iniciar o dia, não deixes de dar graças pela luz capturada e sintetizada que te está dando forças para enfrentar tuas tarefas. Essa luz! retida pela planta e convertida no leite espumoso que chega a teu copo depois de ser elaborado pelo laboratório vivente que se chama ‘vaca’. Essa luz! se encontrou com a água absorvida pelas folhas do café e produziu os grãos escuros que deleitam teu paladar. Essa luz! que saboreias nos raios de sol presos pelos trigais e transfigurados em espigas douradas que te brindam como ‘pão’.

Quando colocar teus olhos sobre a Bíblia, para ter também um dejejum espiritual, estarás recebendo um reflexo da claridade que viaja desde as mais altas regiões do céu espiritual para alimentar nossa visão e nossa fé. Luz transmutada em papel e vertida em palavras.

“Porque foi Deus quem disse: “Da escuridão brilhe a luz”, e ele tem brilhado sobre os nossos corações, para iluminá-los com o glorioso conhecimento de Deus por meio do rosto de Cristo.” – 2 Coríntios 4:6.

Comemos luz e nos vestimos de luz, que é algodão na planta e lã na ovelha. Há luz materializada na caixa de teu violão e nas rodas dos veículos que te transportam. Pensamos luz e com ela formamos nossos melhores sonhos.

A Sentinela de dezembro de 2023, página 13, com o tema “Tenha esperança, você não vai se decepcionar!“, perguntou: ‘- De que maneira a esperança que você tem hoje é diferente da esperança que você tinha quando aprendeu a verdade?’ A paciência é a chave. Começou com água (“o passado”) que se transformou em vinho (“o presente”) e está se convertendo em champagne (o futuro). O passado, o presente e o futuro são produtos da luz multiforme, envasada e conservada para assegurar a continuidade da vida; uma adega para degustar das melhores safras já iluminadas em nossa vida e aguardar com um desejo inebriante as próximas que virão.

Seria uma tolice de nossa parte abandonar a grande associação de irmãos a qual pertencemos, onde a verdade de Jeová fulgura como uma lâmpada inextinguível. Nossas reuniões semanais e nossas assembleias são tratamentos curativos e dietas renovadoras que manterão sã e viva nossa fé.

Não devemos afastar-nos das árvores simbólicas que limpam o ar que respiramos no meio de seu povo, nem nos converter em plantas inúteis, que se juntam na sombra com o veneno ingerido e se recusam convertê-lo em alimento para os demais.

“Mas faço tudo pela causa das boas novas, para compartilhá-las com outros.” – 1 Coríntios 9:23.

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“Ai dos que dizem que o bom é mau e que o mau é bom, os que põem a escuridão no lugar da luz e a luz no lugar da escuridão, os que trocam o amargo pelo doce e o doce pelo amargo!” – Isaías 5:20.

“Mas vocês, irmãos, não estão em escuridão, de modo que o dia lhes sobrevenha assim como sobreviria a um ladrão, pois todos vocês são filhos da luz e filhos do dia. Nós não pertencemos nem à noite nem à escuridão.” – 1 Tessalonicenses 5:4, 5.

“Contigo está a fonte da vida; graças à tua luz podemos ver a luz.” – Salmos 36:9.

“Envia a tua luz e a tua verdade. Que elas me conduzam; que elas me guiem ao teu santo monte e ao teu grandioso tabernáculo.” – Salmos 43:3.

“Tua palavra é lâmpada para o meu pé, e luz para o meu caminho.” – Salmo 119:105.

“Pois Cristo não me enviou para batizar, mas para declarar as boas novas; e não com sabedoria de palavras, a fim de que a estaca do Cristo não se torne inútil.” – 1 Coríntios 1:17.