Os dias finais
“Quando os maus forem eliminados, você verá isso.” – Salmo 37:34.
Quisera, com a arte sutil do perfumista,
Capturar a fragrância e a essência destas horas,
Inexoravelmente fugazes à vista,
Que a urgência nos impede paladear com demora.
Como palha ao vento vão passando estes dias;
A história que hoje se forja não se há de repetir.
Há um fulgor sublime na cena tardia
E na parte do drama que nos cabe viver.
Um dia não distante, de pé diante dos escombros,
Exibindo as marcas das machucaduras,
Nos diremos em lágrimas, com incrédulo assombro:
“Já não existem os laços de nossas ataduras!”
Como Moisés, olhando da rocha protegida,
Debaixo da palma aberta de Deus que o cobriu,
Olharemos as costas de uma glória obtida,
Retendo o reflexo do que já passou.
“Jeová disse mais: “Veja, um lugar junto a mim. Fique sobre a rocha. Quando a minha glória estiver passando, eu o colocarei numa cavidade da rocha e o cobrirei com a minha mão até eu ter passado. Depois retirarei a minha mão, e você verá as minhas costas. Mas a minha face não pode ser vista.”” – Êxodo 33:21-23.
“Porque a criação foi sujeita à futilidade, não de sua própria vontade, mas pela vontade daquele que a sujeitou, à base da esperança de que a própria criação também será libertada da escravidão à decadência e terá a liberdade gloriosa dos filhos de Deus.” – Romanos 8:20, 21.