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Toque final

“A mão de Jeová estava sobre mim, e por meio do seu espírito Jeová me pegou e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos… Porei tendões e carne sobre vocês, eu os revestirei de pele e porei fôlego em vocês, e vocês voltarão a viver; e vocês terão de saber que eu sou Jeová.” – Ezequiel 37:1, 6

“… eu os revestirei de pele” – disse o Criador, Jeová.

Mas, porquê?

Há provérbios que ouvimos apenas uma vez e nos deixam pensando por longo tempo, e decidimos dar-lhes um lugar preferencial na memória:

“– Se uma coisa vale a pena ser feita, então vale a pena fazê-la bem.”

Olhando por este ângulo, poderíamos expressá-lo assim: “– Se não vale a pena fazê-lo bem, é sábio fazer de qualquer jeito? Se não vale a pena terminar, valerá a pena começar?”

É certo que, às vezes, começamos algo muito animados e mais tarde compreendemos que lhe demos um valor que não merecia e esperávamos um resultado que não podia render. Então é lógico dizer “chega” e transferir o entusiasmo a um trabalho melhor.

Mas, o que não nos dá prazer nem proveito, nem satisfação de consciência, nem vindica ante nossos próprios olhos o esforço, é o que alguém começa e não termina por mero abandono, ainda que vale-se a pena terminar.

Há uma antiga ilustração muito conhecida: “Por falta de um prego se perdeu a ferradura, por falta de uma ferradura se perdeu um cavalo, por falta de um cavalo se perdeu um soldado, por falta de um soldado se perdeu a guerra, por causa de uma guerra se perdeu um império.”

Ainda que deixemos algumas coisas meio por fazer, não podem abranger tanto em suas consequências como aquele prego que não estava no seu lugar, muitas vezes nos vemos obrigados a admitir o valor de pequenos detalhes.

Imaginas como afetariam nossa vida as criações mais importantes, se Deus as tivesse deixado sem terminar? Para que serviríamos nós mesmos, se não tivéssemos tido um acabamento perfeito?

Não se pode deixar de fazer essas perguntas quando lemos sobre o milagre que é nosso corpo humano. Não haveria fim de falar das atividades que nos permitem desfrutar nossos ossos e das obras assombrosas que fazem nossas mãos, jamais igualada por nenhuma ferramenta que se haja inventado.

Sobre as células se diz que cada uma delas é mais complicada que uma grande cidade. As veias, as artérias e a circulação do sangue, são maravilhas que ocupam capítulos inteiros nas enciclopédias.

Mas o que seria de toda essa obra de engenharia se Deus não lhe tivesse dado um toque final, uma inestimável cobertura de pele, que cresce continuamente para adaptar-se ao tamanho do corpo e que demonstrou poder durar mais de cem anos, se um humano alcança vivê-los, e poderia durar eternamente por causa de seu sistema de ‘costura’ e autorreparação?

A pele é classificada como um órgão, o maior de todos os órgãos do corpo. Apesar dos admiráveis progressos da indústria têxtil, o homem jamais fez um tecido tão flexível, tão forte e durável como a pele humana. É tão importante para a vida quanto o cérebro, os pulmões e o coração.

Apesar de estar perfurada por milhões de poros, isso, em vez de prejudicá-la, a deixa mais forte. Pode resistir ao frio, ao calor, as inundações, as secas, os ácidos e as substâncias alcalinas. Tem a propriedade de eliminar toxinas e desperdícios do corpo através dos poros e produz pigmentos para defender-se dos raios solares.

Os mesmos poros que se abrem cautelosamente por fora, para deixar sair o que necessita, se fecha cautelosamente quanto ao que vai deixar entrar. Não permitem que entre água e outras substâncias, porque senão seríamos como esponjas que se incham e perdem sua forma e seu peso normal.

Nossa pele se compõe de mais de vinte camadas de escamas, que são células mortas. As células novas, que se formam na parte inferior da epiderme empurram para fora as que vão morrendo. Ao lavar a pele, ou com o atrito, essas células mortas se desprendem e vão sendo substituídas pelas novas. As vemos na roupa, ou flutuando na água do banho.

Apesar desse contínuo movimento, a pele não fica seca e escamosa, porque há glândulas lubrificantes que a mantêm saudável. Se em uma parte do corpo a pele se desgasta muito, essa zona se enche de água para proteger a pele nova que está se formando. A isso chamamos de bolha. Aparecem muitas vezes nos pés por causa dos sapatos ou nas mãos por causa do atrito de uma ferramenta que não estamos acostumados a usar. Por isso, não é sábio estourar as bolhas. Quando a pele nova não precisar mais ser protegida por essa água, a bolha se abre por si mesma e a deixa correr.

A pele também se faz de despensa de primeiros socorros, guardando uma provisão adequada de gordura, água, açúcar, sal e outros materiais, com o objetivo de descarregá-los na corrente sanguínea para que esta alimente as células esgotadas que hão perdido esses elementos.

O sangue e a pele são aliados que trabalham juntos em perfeita harmonia. Quando faz muito calor e os órgãos internos necessitam refrescar-se, enviam o sangue para os vasos sanguíneos da pele onde se ventilam e perdem temperatura. Assim se normaliza a sensação térmica do corpo. Se faz frio, os vasos sanguíneos se fecham para que o sangue não aflua para a superfície e, assim, se mantenha o calor interno.

Se o Criador não nos tivesse revestido desse traje perfeito e maravilhoso, como toque final de sua obra, teríamos ficado indefesos, inaptos para um sem fim de funções. Nenhuma roupa criada pelo homem poderia substituí-lo.

Aquele que deixa as coisas sem terminar é alguém que dúvida que Deus nos fez à sua imagem e semelhança. Dentro de nossas limitações, de nossa pequenez, que desse ponto de vista não tem comparação com a grandeza de Deus, devemos nos esforçar por imitá-lo como “Modelo Supremo” e gravar na mente esta importante resolução:

“– Se vale a pena fazer, merece o toque final.”


“O que for que fizerem, em palavras ou em ações, façam tudo em nome do Senhor Jesus, agradecendo a Deus, o Pai, por meio dele. O que for que fizerem, trabalhem nisso de toda a alma, como para Jeová, e não para homens, pois vocês sabem que é de Jeová que receberão a herança como recompensa. Trabalhem como escravos para o Senhor, Cristo.” – Colossenses 3:17, 23, 24.

“Todo aquele que ouve essas minhas palavras e não as pratica será como um homem tolo, que construiu sua casa sobre a areia. E caiu a chuva, vieram as inundações, e os ventos sopraram e bateram contra aquela casa, e ela desmoronou, e foi grande a sua queda.”” – Mateus 7:26, 27.

“E eu ouvi uma voz vinda do céu dizer: “Escreva: Felizes os mortos que, deste tempo em diante, morrem em união com o Senhor. Sim, diz o espírito, que eles descansem do seu trabalho árduo, porque as coisas que fizeram os acompanham.”” – Apocalipse 14:13.